Os tempos de hoje causaram grandes mudanças nas vendas de lojas físicas em todo o mundo. Desta forma, os comerciantes tiveram de se reinventar e encontrar novas formas de vender à distância. Nesta onda de novidades, o Live Commerce, também chamado live streaming ou live shop, apresentou-se como uma das tendências mais promissoras no e-commerce e como forma de aumentar as vendas, mesmo com as restrições da Covid.
As lives em redes sociais, que foram tão bem sucedidas durante o confinamento, deram força a uma nova forma de vender que é uma mistura entre entretenimento e negócios. O modelo de vendas foi importado da China, onde gerou a venda de 200 milhões de dólares em 2020. O formato, no entanto, ainda tem muito a oferecer para reforçar as mudanças geradas no e-commerce no novo cenário de mercado.
Mas, afinal, o que é Live Commerce?
O Live Commerce não é mais do que uma estratégia que usa a interação fornecida pelo transmissor de streaming ao vivo para alavancar as vendas. Através deste tipo de “comércio ao vivo”, o vendedor promove os produtos e serviços de forma muito próxima do consumidor, o que resulta num maior envolvimento e mais conversão em vendas.
A tendência começou na China e espalhou-se por todo o mundo, com a adição de marcas multinacionais como a Dermage, Givenchy e Dolce & Gabanna. De acordo com as estimativas do Research and Markets, a indústria global de “comércio eletrónico social” deverá ganhar 600 milhões de dólares até 2027.
O grande diferencial do Live Commerce é, precisamente, a mistura de entretenimento com as técnicas de venda usadas para convencer o cliente a finalizar a compra no momento da live. Para isto, as marcas estão a apostar em vendedores treinados e influenciadores digitais com o poder de criar o “buzz” necessário em torno dos produtos anunciados.
Dados da estratégia
De acordo com um relatório da GlobalWebIndex, as lives apresentadas por influenciadores digitais têm um grande potencial de conversão. De acordo com o relatório, 70% dos consumidores nos Estados Unidos estão dispostos a comprar com influenciadores. Na China, o número atinge os 80%!
Ao apostar em gatilhos mentais, como escassez e urgência, uma vez que este tipo de live costuma oferecer descontos e benefícios exclusivos para o momento da transmissão, a estratégia mostra sucesso na conversão dos espectadores em clientes.
Além disso, os Live Commerces também desempenham outro papel importante no momento da conversão: geram confiança e conexão e têm o poder de instruir os consumidores a comprar de forma correta e segura, a fazer assim o passo final no jogo da persuasão.
De acordo com os dados do ranking de e-commerce da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio de Desenvolvimento (UNCTAD), 38,3% dos portugueses são defensores do comércio eletrónico. Por isso, o Live Commerces tem um grande potencial para ser explorado e gerar crescimento para o setor.
Por que o Live Commerce é benéfica?
Além de razões óbvias, como o aumento das taxas de conversão e de vendas, o Live Commerce é também uma tendência promissora para o e-commerce em geral. Dados do levantamento Wyzowl indicam que:
- 96% dos usuários assistem um vídeo de explicação para entender melhor sobre um produto ou serviço;
- 84% dizem que se sentem convencidos a comprar um produto depois de assistirem a um vídeo de marca;
- 66%afirmam que preferem ser informados sobre um produto através de vídeo.
Ou seja, o Live Commerce é um prato completo para os consumidores. Isto porque é um conteúdo valioso que responde a inúmeras perguntas do cliente ao mesmo tempo, resultando numa diminuição do tempo de pesquisa.
A estratégia também apresenta outros benefícios, como a capacidade de mostrar detalhes do produto de diferentes formas, realizar promoções exclusivas em tempo real e melhorar a experiência de compra do cliente.
Todas estas vantagens acabam por levar ao ponto que todos os comerciantes anseiam: o aumento das taxas de conversão de vendas.
